Minha amiga contou sobre o novo relacionamento, e eu... bem, eu gelei.
Lembrei de tudo o que eu já tinha esquecido há duas semanas, mais uma vez eu
lembrei de nós. Coisa a toa, né? É, talvez para você seja assim, já pra mim não
é.
Sei que não tem nada a ver minha amiga namorar com eu assimilar isso a
nós, mas é que, vendo pessoas se relacionarem amorosamente me faz mesmo sem
querer repetir mais uma vez pra mim mesma, a pergunta que até o dia de hoje eu
não conseguir responder: o que houve de errado entre nós?
Foram as minhas pisadas na bola, seu jeito explosivo, minhas
inseguranças, sua falta de capacidade de entendê-las, ou foi realmente má
vontade nossa em tentar? Em que capítulo escrevemos errado a tal ponto de nem a
melhor e mais cara borracha do mundo conseguir apagar? Meu bem, me diz: o que
aconteceu com a gente?
E será que você questiona tudo isso na mesma proporção que eu? Já
estou enchendo mais uma vez minhas amigas com minhas lamúrias e elas como
sempre, com todo o carinho do universo me dizem que não faz mal, que é normal,
eu sempre sua falta ao escutar e ver pessoas se relacionando bem. Mas eu sei
bem que não é normal, eu sentir sua ausência tão intensamente como se tudo
tivesse tido um fim ontem sendo que na realidade, já fazem dois longos anos em
que eu não digeri bem, você chegando na minha casa e com os olhos vermelhos de
tanto chorar, abaixar a cabeça com receio de me encarar e dizer bem baixinho:
eu não aguento mais.
No futuro, de quem sabe daqui há uns dez anos, eu consiga olhar pra
tudo isso e agradecer por ter entendido tudo muito bem. Em ver você com alguém
e me sentir feliz por ver que o rapaz que eu tanto amei em certa época, hoje é
feliz, entrelaçando suas mãos com alguém que lhe faz bem. E que eu sinta que a
pessoa que futuramente dividir a cama comigo, seja quem eu sempre imaginei ter
ao meu lado. E que não doa mais saber que não tivemos um futuro e nem fomos o
futuro um do outro, por que apenas realmente não era para ser.
E não por que falhamos tanto ao ponto de desperdiçar tudo de bom que
realmente éramos para ser e termos.
E ah! Só pra você saber, se você ainda quiser conversar aquele assunto
que nunca conseguimos terminar de falar, eu estou aqui. Não estou à sua
disposição como pensa, mas se você precisar eu posso encontrar um jeito de ter
um tempo pra você. Por que quem sabe que cinco minutos hoje não nos faça ter 50
anos bem aproveitados daqui pra frente.
O número ainda é o mesmo, eu não mudei. Permaneço com o mesmo número e
também com a mesma esperança de que nós demos apenas uma pausa e não um ponto final.
Gostou? Não vai embora sem deixar seu comentário, viu?
Fiquem com Deus e até mais!

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