Já perdi as contas de quantas vezes encontrei a porta da
sua casa fechada para mim. Mas eu não te culpo, eu errei, cometi atos impensados
e fui magoando aos poucos quem tinha me dado tudo o que qualquer um pode
esperar do outro, fui fria e egoísta, definitivamente fui tudo o que eu nunca
tive pretensão ou orgulho em ser. Por ser assim acabei por deixar de ter você,
afoguei em águas turbulentas a confiança que me foi dada, o amor concedido sem
pedir nada em troca, destruindo um por um dos tijolos que levantamos da nossa
futura casa e esmagando com toda a força as rosas que você me deu.
Presenteie com espinhos quem me deu lindas rosas e
orquídeas. Devolvi seu moletom contendo seu perfume como se fosse algo
qualquer...
De tanto tratar você como qualquer um, condenei-me a ser
assim para você. Merecido, não acha? Então se amanhã eu voltar e sua porta
permanecer trancada... eu entendo. Infelizmente eu não posso voltar no passado
e mudar o que eu fiz, mesmo querendo muito, é inútil. Logo, se eu não posso
mudar o que fiz como posso pedir que você esqueça o que aconteceu? Seria mais
um ato egoísta e esse velho costume eu venho tentando com sucesso perder.
Seu sorriso tão doce e tão perfeito para mim eu fiz
questão de desmanchar. Se a vida me desse outra chance eu te amaria como você
merece e receberia o amor que eu sempre procurei. Tão triste perceber o quão
valioso era o que você tinha justamente após de perdê-lo. Aperta tanto aqui
dentro saber que não vou sentir seu abraço, rir da suas imitações ruins, dormir
na sua casa e ao acordar ser recebida com um completo café da manhã feito pela
sua mãe... falando em sua mãe, ela é outra pessoa que eu não consigo esquecer
que magoei.
Teria tido o homem certo, a família mais acolhedora e meus
pais ficariam orgulhosos de ver que eu tinha mantido ao meu lado o cara que
eles tinham orgulho em chamar de genro.
“O único que eu soube escolher.”
Foram as palavras que saíram dos meus lábios direcionadas a meu pai quando
naquele sábado à noite, levei você para conhecê-los e com a mão trêmula você os
cumprimentou.
Como eu fui perder você? Bem, eu sei bem tudo o que fiz
mas o que questiono não é o que aconteceu, mas sim o porquê eu agi daquela
forma, agora parece tão claro a minha imaturidade e como naquele momento eu não
percebi?
Parece que foi ontem que você veio conversar comigo,
desculpando-se por algo que era minha culpa e trouxe meus chocolates preferidos
e eu os recusei. E também recusei você. Recusei nós. Recusei a tão atual
felicidade.
Hoje, recuo ao passar por você e lembrar de tudo o que
fiz. Minhas bochechas vermelhas representam a vergonha que carrego diante de
você e dos seus pais. Não posso os olhar. Prefiro evitar lembrar, de todo o mal
que causei, por ter sido alguém que fez você chorar.
Eternamente lembrarei do filme bonito que você foi na
minha vida, e não posso cobrar que se lembre de mim da mesma forma. Mas na
minha consciência eu vou sempre lembrar com paixão de tudo o que você foi para
mim.
Sem desculpas eu vou seguindo a minha vida, elas não serão
suficientes para amenizar o que eu fiz então não tornarei a dizê-las para você.
Não quero tornar a olhar para você e ver seus olhos raivosos, eu mereço, mas
não suporto.
Já é hora de entender que eu fui o pior para quem tanto me
amou. Já é hora de entender que se hoje não somos nós o culpado não foi você...
Deixa seu comentário aí para mim, o que acha?
Fiquem com Deus e até mais!

Meu, que saudades que eu tava do seu cantinho e da sua escrita, desculpe pelo sumiço mas minha vida anda bastante corrida, venho aqui mais uma vez elogiar seu texto, sempre muito intenso e verdadeiro, me identifico sempre, saudades linda <3
ResponderExcluirhttp://poesiadescompassada.blogspot.com.br/
Raíssa, você está proibida de sumir do meu blog, ok? Estamos combinadas? haha :p
ExcluirSaudades estava eu, dos seus comentários mais fofos e motivadores. Fico muito feliz ao saber que mesmo depois de ficar com a vida meio louca, ainda reservou um minutinho do seu tempo para visitar o meu cantinho.
Venha sempre, viu? Muito obrigada pelo carinho.
Super beijo!