Já perdi as contas de quantas vezes encontrei a porta da
sua casa fechada para mim. Mas eu não te culpo, eu errei, cometi atos impensados
e fui magoando aos poucos quem tinha me dado tudo o que qualquer um pode
esperar do outro, fui fria e egoísta, definitivamente fui tudo o que eu nunca
tive pretensão ou orgulho em ser. Por ser assim acabei por deixar de ter você,
afoguei em águas turbulentas a confiança que me foi dada, o amor concedido sem
pedir nada em troca, destruindo um por um dos tijolos que levantamos da nossa
futura casa e esmagando com toda a força as rosas que você me deu.
