Já havia se tornado costume você ser meu
de segunda a quinta e de sexta a domingo você ser do mundo. Despedia-se na quarta
à noite e seguia seu caminho, a dois passos da porta da minha casa já pegava o
telefone e combinava tudo com seus amigos. Ainda tinha o descaramento de antes
de entrar no carro me mandar um beijo. Você tinha muita culpa em toda essa
situação, mas reconheço que se tudo chegou a esse ponto, a esse descaso, foi
porque desde o início eu permiti que me trata-se como quisesse, como a que você
faria a caridade de estar durante três dias da semana, passado esses dias, você
tinha o direito de se libertar e procurar nas festas da vida o que realmente te
deixasse feliz.
Fui me rebaixando e ficando debaixo das
suas asas e me podando o tempo inteiro, pensando 10 vezes antes de falar para
não dizer algo que não te agradasse. Eu peguei carona na sua vida e me esqueci
como era maravilhoso alçar o próprio vôo, com minhas próprias asas e
responsabilidades. Deixar que minha mente e meu coração direcionassem para onde
eu devesse ir e não deixar que você mandasse no comprimento da minha saia. Aos
poucos fui perdendo a voz, a vontade e só sabia mesmo, acenar a cabeça de
acordo com os seus comandos. Dizia “sim” e “não” quando você queria. Eu não
tinha vez.
Sei que se assustou e pensou que era
brincadeira, quando chegou até minha casa e viu as suas peças de roupas
colocadas em uma mala. Tive ainda a consideração de não jogá-las na rua, como
eu queria fazer com você, então não reclame. Se hoje não deixo você dizer nada
que me faça mudar de ideia foi porque você fez isso por todo esse tempo, e acho
que é mais do que correto que você não tenha direito de falar e sentir, apenas
me escutar. Cara, tem tanta coisa aqui dentro, tanta mágoa, tantos sonhos
guardados... maldita hora que eu fui perder tempo com você. Tempo esse que não
volta, mas deixou péssimas memórias.
Espero que haja festas e um lugar para
ficar de segunda a quinta, porque na minha vida você não ocupa mais espaço, e
do meu lado da cama, seu corpo não deita mais. Hoje já é costume que eu te
ignore e que finja não te conhecer ao passar por você. Já é costume que de
segunda a quinta eu me vista da forma que eu queira e que não me atormente na
quarta à noite como eu fazia. Já é rotina que de sexta a domingo eu faça o que
eu bem entenda, seja isso sair ou ficar
em casa, beber ou ficar sóbria, ser feliz e preferir viver.
Você me disse que fez tudo por amor, não
sei de onde imaginou que o conceito desses seus atos nojentos e doentios era o
significado de amor. Na minha concepção isso é ódio e uma falta tremenda de
amor pelo próximo, que só existe no momento em que você não ama nem a si mesmo.
Deixem seus comentários.
Fiquem com Deus e até mais!

que lindo o layout do seu blog!!
ResponderExcluiramei!!
beijoo
Cris
www.amaletamagica.com
Amei, amei, amei esse texto! Queria que todas as pessoas que estão em um relacionamento horrível desse jeito lessem e percebessem que elas têm uma voz e que ninguém tem que controlar nossa vida!
ResponderExcluirUm beijão,
Gabi do likegabs.blogspot.com ♡